Para atingir os objetivos do milênio, os pais devem, em primeiro lugar, ser capazes de superar as
barreiras sociais para matricular seus filhos na escola. Estas barreiras incluem não só o custo direto
de educação, como taxas escolares, livros e uniformes, mas também o custo de oportunidade de tempo em
escola-a redução da quantidade de tempo que as crianças passam a trabalhar ou a fazer outras atividades
quando aumentam o tempo que passam a estudar, tanto na escola como em casa. Vários programas
foram além de reduzir ou eliminar taxas ou fornecer livros e uniformes gratuitos.
Na verdade, pagam às famílias dos alunos que frequentam a escola. Estes programas são chamados de condicionais
programas de transferência de dinheiro. Têm dois objetivos principais: (1) reduzir a pobreza atual; e (2))
aumentar os investimentos em capital humano para que as crianças das famílias pobres tenham um padrão melhor
de viver quando se tornam adultos. O primeiro objetivo é realizado quando famílias pobres
receber dinheiro do programa.
O segundo é conseguido condicionando as transferências de dinheiro para famílias sobre certos comportamentos dos membros do agregado doméstico privado, tais como visitar instalações de saúde, imunizar crianças pequenas e matricular crianças mais velhas na escola. Esses programas tornaram-se muito difundido nos países em desenvolvimento, especialmente na América Latina. Os dois maiores programas são:
o programa Progressa (mais tarde renomeado Oportunidades) no México e a Escola Bolsa (mais tarde renomeado Bolsa Família) programa no Brasil.
O caso do Brasil e do México foram os que mais se destacaram na América Latina. No Brasil, por exemplo, as famílias podem até consultar um calendário em calendariobolsafamilia2019.net para saber quando receberão o dinheiro que lhes ajudará a complementar a renda e deixar a extrema pobreza para a pobreza.
Histórico de programas sociais na América Latina
Países da América Latina têm feito progressos significativos para aumentar a escolamatrículas e habilitações acadêmicas nos últimos 25 anos. Por exemplo, a rede primária a taxa de matrícula aumentou de 70% em 1980 para 94% em 2004, e a taxa de matrícula líquida secundária aumentou de 16% para 61% no mesmo período.
Mas há espaço para mais progressos. Por exemplo, embora as taxas de matrícula no Brasil tenham aumentado de 86% em 1990
para 97% em 2001 para as crianças mais jovens (8-11 anos de idade), aos 14 anos esta taxa em 2001 era de 92% e em 2001 era de
idade 15 apenas 87%. Assim, em 2001 40% (nove milhões) dos jovens brasileiros de 18 a 25 anos não tinha completado 8 anos de educação (PNAD, 2001). Para incentivar todas as crianças a completar 8 anos de escolaridade, o Governo Federal do Brasil lançou a Bolsa Escola condicional em dinheiro programa de transferência em 2001.
Programa Bolsa Escola, no México
O Programa Bolsa Escola, que foi renomeado Bolsa Família em 2003, proporciona benefícios a famílias pobres com crianças até 15 anos, condicionadas à inscrição dessas crianças escola. Vários estudos têm mostrado que programas condicionais de transferência de dinheiro aumentam os estudantes’ inscrição, diminuição do trabalho infantil, melhoria do estado nutricional e de saúde das crianças pequenas, e
até mesmo diminuir a desigualdade de renda.
Há pesquisas que demonstram um impacto positivo do programa Progressa nos resultados educacionais dos alunos no México. Também demonstra-seque o programa Progressa melhorou a saúde das crianças mexicanas.
Programa Bolsa Família, no Brasil
Voltando ao Brasil, estima-se que o Programa Bolsa Família diminuiu a pobreza e desigualdade de renda naquele país mostram que a Bolsa
O programa família reduziu o trabalho infantil. Embora muitos estudos tenham estimado o impacto da
Programa Progressa sobre os resultados educacionais dos alunos nesse país muito poucos analisaram o impacto da Bolsa Escola / Família
programa sobre os resultados educacionais dos alunos no Brasil.
Este artigo centra-se nos resultados educacionais dos alunos do ensino primário e secundário inferior no Brasil, o país mais populoso da América Latina. Utiliza um conjunto de dados invulgarmente rico para avaliar o impacto do Programa Bolsa Família a no progresso das crianças na escola, como medido por matrículas, promoção de notas e taxas de abandono escolar, utilizando dados de recenseamento escolar a partir de 1998a 2005. Ele faz isso usando dados do painel: a mesma escola pode ser seguido por oito anos usando
Dados do Censo da Escola Brasileira. As estimativas são apresentadas para as escolas com graus 1-4 e para as escolas
com notas 5-8.
As restantes seções do documento fornecem uma breve revisão da literatura, descrevem a Bolsa Programa Família e os dados, explicar a metodologia de estimativa, e apresentar resultados da estimativa. Uma secção final resume as conclusões e apresenta sugestões para mais
pesquisa.